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sábado, 30 de março de 2013



UNIDADE DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL

Um crime ambiental


 

ATERRANDO CARANGUEJOS

Um crime ambiental que ninguém parece se importar. foto: M. Moscatelli

Uma das coisas que ainda me conforta é saber que alguns estão lutando pelo nosso sofrido meio ambiente. Veja abaixo o depoimento do biólogo Mario Moscatelli sobre a foto acima feita este mês:

"A área de apicum* associada a de mangue na região de Guaratiba vem sendo aterrada e com ela toda sua flora e fauna. Por mais absurdo que possa parecer, a área foi licenciada pelo INEA, apesar da mesma área ser uma região naturalmente inundável e situada na área de influência da Reserva Biológica e Arqueológica de Guaratiba.

As autoridades estaduais vêm sendo informadas da situação mas o massacre de milhares de caranguejos continua. Afinal, a lei é para ser respeitada ou não? Vale apenas quando estamos na oposição? Quando estamos na situação as coisas mudam e junto delas a lei muda também?

Infelizmente caranguejo ainda não vota e a lei parece não valer mais nada."
(* terrenos formados por sedimentos arenosos margeando as áreas do ecossistema manguezal.)

TRÁGICO


 


http://www.meioambienteurgente.blogger.com.br/fecolandia.jpg

Bibliografia recomenda sobre Gestão

Bibliografia recomenda sobre Gestão


AZEVEDO, A. Brasil: a Terra e o Homem. São Paulo, 1972. Companhia Editora Nacional. Volume I.
AOKI, H. Arborização da rodovia SP-255 com fins conservacionista, paisagístico -Atlas Multirreferencial de Mato Grosso do Sul (1990) meio ambiente
BALENSIEFER, M.; MASCHIO, L. M. A.; RACHWAL, M. F. G.; MONTOYA, L. e CURSIO
BARTH, R. C. Avaliação da Recuperação de Áreas Mineradas no Brasil. Boletim da Sociedade de Investigações Florestais/ Departamento de Engenharia Florestal/Universidade Federal de Viçosa e Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAN. Viçosa – MG, 1989.
BUBLITZ, U. Adequação de Estradas Rurais em Microbacias Hidrográficas. Curitiba:EMATER-Paraná, 1993.
COSTA, M. V.; NABINGER, C.; VOLKWEIS S.; BOLDRINI, I. I.; RAFAELI, H.  - Espécies úteis para revestimento vegetal de taludes. 
COSTA, N. M. C.; CARTANO, I.; FIGUEIREDO, S. S. ; COSTA, V. C. Aplicação de geoprocessamento para escolha de áreas potenciais para reflorestamento: porção norte do parque estadual da pedra branca – um exemplo prático. Anais do     Simpósio de Recuperação de Áreas Degradadas, Foz do Iguaçu, 1994. Pag 628.
DAVIDE, A C.; FARIA, J. M. R; PRADO, N. J.S. Recuperação de uma área ocupada por voçoroca, através de reflorestamento misto. Anais do  Simpósio de Recuperação de Áreas Degradadas, Foz do Iguaçu, 1994. Pag 401.
DAVIDE, A. C. Seleção de espécies para recuperação de áreas degradadas. Anais do Simpósio de Recuperação de Áreas Degradadas, Foz do Iguaçu, 1994. Pag. 113.
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FARIAS, C. A; COSTA, L.M.; PEIXOTO, L. A . Avaliação química de metais (Pb, Cd, Ni) em solos urbanos do município de Viçosa – MG. Anais do Simpósio de Recuperação de Áreas Degradadas, Foz do Iguaçu, 1994. Pag 429.
FERNANDES, R. S.; NEPOMUCENO, L. C. Proposta de metodologia para elaboração de plano de recuperação de áreas degradadas pela atividade de mineração.
GRIFFITH, James J. Recuperação Conservacionista de Superfícies Mineradas: Uma Revisão de Literatura. Sociedade de Investigações Florestais. Boletim Técnico n°2. 1980. 51 p.
IBGE, 1981. MANUAL TÉCNICO DA VEGETAÇÃO BRASILEIRA, Rio de Janeiro: Carvalho,  Paulo Hernani Ramalho - O uso de espécies nativas na arborização urbana.
INSTITUTO DE TERRAS , CARTOGRAFIA E FLORESTAS -  Sugestões Técnicas para   Recuperação de Áreas   Mineradas.
JESUS, R. M. Revegetação de encostas urbanas: o caso de Vitória. Anais do Simpósio de Recuperação de Áreas Degradadas, Foz do Iguaçu, 1994. Pag. 345
Juchem, Ari Peno. - Gestão Ambiental, Auditoria Ambiental e Passivo Ambiental – Material de apoio para o ciclo de palestras do INAPAR – Instituto de Avaliações e Perícias do Paraná Agosto 1999. 80p.
KELLER, L. R. Reflorestamento, com espécies nativas, de áreas degradadas e em recuperação da ITAIPU BINACIONAL. Simpósio Nacional Recuperação de Áreas Degradadas. Anais. Foz do Iguaçu, 1994 p. 626.
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POMPÉIA, S. L. Procedimentos técnicos para recuperação de áreas degradadas por poluição. Anais do Simpósio de Recuperação de Áreas Degradadas, Foz do Iguaçu, 1994. Pag 63.
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REIS, L. L.; Marques, S.S.; Piña-Rodriguez, F. C. M. Sistema de plantio adensado para a recomposição de áreas degradadas: nota prévia. Anais do Simpósio de Recuperação de Áreas Degradadas, Foz do Iguaçu, 1994. Pag 635.
REIS, M. J.L. – ISO 14000 Gerenciamento ambiental: um novo desafio para a sua competitividade – Rio de Janeiro: Qualitymark Ed.: 1995.
REZENDE, D. Sequestro de Carbono; uma Experiência Concreta. ed. Gráfica Moderna Terra, 2000.
RODRIGUES, A. B. -  Turismo e AMBIENTE. São Paulo. ED.Hucitec.
RODRIGUESI, R. R.; LEITÃO FILHO, H.F.; CRESTANA, M. S .M. Revegetação do entorno da represa de abastecimento de água do município de Iracemápolis/SP. Simpósio Nacional Recuperação de Áreas Degradadas. Anais. Curitiba, 1992. p. 407
SANTOS, C. J. F. , CUNHA, C. O., NETO, D. C.; FONTES,  A.M.  Uso de leguminosas arbóreas no reflorestamento de encosta de risco geotécnico sobre a comunidade de baixa renda.     
TOLEDO, A . E. P.; CERVENKA, C. J.; GONÇALVES, J. C. Recuperação de Áreas Degradadas. Série Pesquisa e Desenvolvimento. São Paulo, 1990. Trabalho apresentado no VIII Encontro Nacional de Arborização Urbana, em Fortaleza-CE, 31de maio a 2 de junho de 1999. Paulo Hernani Ramalho.
ZELAZOWSKI, V. H. Recuperação de Áreas Degradadas Projeto Hidrelétrico da Itaipu Binacional – ME. Simpósio Nacional Recuperação de Áreas Degradadas. Anais. Curitiba, 1992. p. 497.
Redação Ambiente Brasil

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL


O serviço LEGISLAÇÃO AMBIENTAL do Portal Ambientebrasil, que é o acesso ao nosso banco de dados, contém mais de 22.100 legislações no âmbito Federal/Estadual e Municipal*, formando o maior banco de dados disponível no Brasil.
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Nosso conteúdo abrange os seguintes temas: Biotecnologia, mudanças climáticas (Protocolo de Kyoto), águas, minas e energia, pesca, crimes ambientais, resíduos sólidos, agropecuária, política ambiental, ambiente costeiro, fauna, flora, ar, educação ambiental, questões indígenas, solos, unidades de conservação, bem como Resoluções CONAMA, portarias e instruções normativas do IBAMA e MMA, tratados Internacionais entre outros.
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É indicado para o público que trabalha com a legislação ambiental, tais como órgãos públicos, escritórios de advocacia, indústrias de todos os portes, empresas com certificação ISO, consultorias e sendo, inclusive, um facilitador para aqueles que trabalham com Sistema de Gestão Ambiental e Sistema de Gestão Integrada.
É mais uma solução do Portal Ambiente Brasil para facilitar a busca por leis, decretos, resoluções, instruções normativas, e outras categorias, seja em seu trabalho, seja em seus estudos ou, ainda, simplesmente movidos pela necessidade de obter maiores conhecimentos sobre o tema.
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Competitividade e Tecnologias Limpas

Competitividade e Tecnologias Limpas

Em setores onde a disparidade tecnológica entre as firmas componentes é muito grande, existe um grande espaço de avanço simplesmente através da melhoria nas formas de p


A grande vantagem das tecnologias “limpas” está na possibilidade de reverter um custo em benefício. Ou seja, o que seria antes tratado como um problema (gastos adicionais para evitar emissões ou para pagar compensações, caso a redução de emissões não seja técnica ou economicamente viável) passa a ser uma vantagem (ganhos de rendimento ou produtividade). Trata-se, portanto, de uma das tais situações win-win que entraram no nosso vocabulário recentemente, onde o ganho de competitividade ocorre concomitantemente ao ganho social.
Mas uma pergunta acaba sempre incomodando: se a tecnologia limpa é a mais desejável tanto para a empresa quanto para a comunidade, por que ela não é adotada em larga escala? Por que a necessidade de programas específicos para sua difusão?
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Existem várias respostas diferentes para essa pergunta. Antes de mais nada, é fundamental lembrar que as estruturas produtivas são bastante heterogêneas, ainda mais no caso de países de industrialização periférica ou tardia (como o Brasil). Essa heterogeneidade estrutural é o resultado de desigualdades e desequilíbrios entre os vários setores, que acentuam diferentes padrões tecnólogicos. Exemplo claro disso está na gritante diferença entre algumas atividades do setor manufatureiro que exigem elevada incorporação de tecnologia (a maioria dos bens de consumo duráveis que incorporam inovações microeletrônicas, por exemplo), com outras onde o dinamismo na incorporação de tecnologia é menos presente (como em várias áreas tradicionais do setor de bens de consumo de não-duráveis). Além disso, percebe-se a coexistência, no mesmo setor, de firmas bastante avançadas tecnologicamente (como algumas empresas voltadas para a exportação, ou filiais de transnacionais), que tentam acompanhar - ainda que defasadamente - o progresso técnico gerado nos países centrais, com empresas bastante atrasadas tecnologicamente, geralmente voltadas para atender o mercado interno (em particular, em áreas onde a qualidade do produto ainda não é tão importante para a concorrência).
As oportunidades para a difusão de tecnologias limpas variam, portanto, enormemente. Em setores onde a disparidade tecnológica entre as firmas componentes é muito grande, existe um grande espaço de avanço simplesmente através da melhoria nas formas de produção das empresas mais defasadas. Nesse caso, o papel da política pública é facilitar a transferência dessas tecnologias, tanto através de difusão (muitas vezes o problema está no desconhecimento de novas técnicas) como criando mecanismos de financiamento e outros incentivos ao aperfeiçoamento tecnológico. Um exemplo ainda pouco explorado no Brasil refere-se ao uso de políticas de compras do governo; nesse caso, pode-se estipular critérios mínimos de controle de produção para que a empresa seja habilitada a participar de licitações públicas, obtenção de concessões, etc.
Uma situação mais complicada refere-se aos setores onde as possibilidade de “ganho-ganho” são muito reduzidas. Ou então, em setores onde o capital instalado é relativamente recente, e a adoção de tecnologias “redutoras de custos” exigiria investimentos pesados sobre um parque instalado que ainda não foi financeiramente depreciado. A situação agrava-se quando a capacidade de financiamento da empresa é menor, situação típica de pequenas e médias empresas: ainda que haja conhecimento de formas mais eficientes de produção, as restrições de capital ou escala impedem a sua adoção, e o máximo que se consegue em termos de gestão ambiental é a adoção de controles de “fim de tubo” que só representam aumento nos custos de produção (logo, menor competitividade).
Deve-se ter claro essa limitação: nem sempre a melhoria da qualidade ambiental poderá ser redutora de custos. O papel do formulador de política (tanto do governo quanto das associações industriais) será exatamente identificar tais situações onde a perda de competitividade é potencial, a fim de apresentar medidas compensatórias.
Aproveito aqui para reproduzir um esquema elaborado por Chudnovsky et al. (1997) em um estudo sobre a indústria argentina, onde as ações de gestão ambiental a nível empresarial são classificadas esquematicamente em três grupos:

Uso de tecnologias "limpas" Otimização de processos Tratamento "fim de tubo"

  • Adoção de (novos) processos produtivos de menor impacto ambiental.
  • Desenvolvimento de produtos ou processoas com características "ecológicas"


  • Organizar e elevar a eficiência de processos
  • Reaproveitamento de insumos, subprodutos e resíduos sólidos/mudanças de matérias-primas ou insumos.

  • Tratamentos eficaz de efluentes líquidos, emissões atmosféricas e resíduos sólidos e semi-sólidos.

Tratamento eficaz de efluentes líquidos, emissões atmosféricas e resíduos sólidos e semi-sólidos.
As circunstâncias que levam à adoção das tecnologias limpas e otimização de processos estão normalmente associadas a indústrias de processo contínuo, onde a redução de efluentes pode representar uma economia considerável de custos (menor desperdício = maior lucro). Acho que o exemplo mais óbvio está no complexo sucroalcooleiro: o reaproveitamento da vinhaça transformou um enorme problema em uma solução. Ainda no mesmo setor, a utilização do bagaço da cana como fonte de energia reduz o problema de resíduos sólidos (embora as formas convencionais de queima da biomassa possam gerar outros problemas, relacionados à poluição atmosférica - uma área que tem merecido esforço de pesquisa é exatamente a melhoria na eficiência energética e redução de emissões na queima de biomassa). Outros exemplos estão no complexo papel e celulose, química, metalurgia, etc.
Essas indústrias já estão acostumadas a enfatizar o componente tecnológico como elemento de competição, havendo um círculo “virtuoso” entre eficiência produtiva, capacidade inovativa e controle da contaminação (Chudnovsky et al., 1997). Por outro lado, onde a capacidade inovativa foi pouco desenvolvida ou a possibilidade de reutilização do resíduo é pouco atrativa, o avanço do controle ambiental tende a ser mais concentrado no “fim de tubo”. Pequenas e médias empresas podem levar desvantagens neste ponto, mas cabe ressaltar que não se trata apenas de um problema de tamanho da firma: uma estrutura organizacional pouco estimuladora de inovações induz a alterações apenas marginais (favorecendo estratégias de “fim de tubo”, que pouco alteram o perfil da produção). Ou seja, a pré-existência de um sistema de adoção de inovações (por motivos não-ambientais) certamente favorecerá a difusão de tecnologias limpas.
Muitas dessas transformações estão também associadas a pressões de demanda em alguns (mas longe de ser todos) mercados de exportação e pressões governamentais. O fortalecimento das agências de controle ambiental é crucial, em especial considerando a atual tendência de adoção de instrumentos econômicos na gestão ambiental pública. A adoção do princípio do usuário/poluidor-pagador atua nesse sentido: a maior competitividade passa a ser do mais “limpo” ou “poupador”. Por outro lado, a existência de mecanismos de difusão de tecnologia (e, é claro, de financiamento para a efetiva implementação dessas tecnologias) são de mesma importância: não basta penalizar os que atuam de forma inadequada; é também preciso criar os instrumentos para que o empresário corrija a sua ação.
Por fim, um aspecto ainda pouco ressaltado mas que tende a crescer de importância no futuro, é a harmonização de normas ambientais nos processos de integração econômica. Nossos parceiros de Mercosul também devem compartilhar os esforços de melhoria da gestão ambiental, sob o risco de criarmos “santuários” de poluição nas regiões onde o controle é menos rigoroso, gerando um diferencial de competitividade “espúrio” (beneficiando os produtores que menos investirem em controle de poluição nas situações onde o ganho-ganho não é possível).
Por isso, devemos evitar o falso dogma de que maior participação empresarial na gestão ambiental significa menor necessidade de ação pública nessa área. Um mito frequentemente repetido, em especial dentro do credo liberal ortodoxo, é o da “limpeza” que a liberalização de importações eventualmente traria para os produtores ineficientes, normalmente identificados como os mais poluidores. Segundo essa visão, não seria preciso nenhuma intervenção de política pública: na medida em que a concorrência internacional “naturalmente” eliminasse os menos competitivos, o mercado estaria automaticamente reduzindo a poluição. Esse raciocínio, embora bastante difundido, é falacioso: nada garante que o mercado, por si só, irá eleger os mais eficientes do ponto de vista ambiental. Por trás dessa idéia, retoma-se o princípio de voltarmos a ser um país exportador de mercadorias intensivas em recursos naturais simplesmente porque hoje apresentamos maiores vantagens comparativas (estáticas) nessas atividades. Desenvolvimento sustentável é incompatível com dependência em recursos naturais, seja ela sob forma de exaustão de recursos não-renováveis ou de degradação de recursos renováveis.
Esse lembrete serve para alertar que, apesar dos avanços em algumas atividades voltadas para mercados externos onde os consumidores são ambientalmente exigentes, nem toda exportação é gerada de maneira ambientalmente desejável. Mais: resultados empíricos das pesquisas que venho coordenando no Grupo de Economia do Meio Ambiente do Instituto de Economia mostram que, ao menos desde a década de oitenta, a economia brasileira vem apresentando uma perigosa tendência de especialização na exportação de produtos potencialmente poluidores (Young, 1998). Analisado sob uma perspectiva de ciclo de vida (através de técnicas de insumo-produto), o complexo exportador brasileiro apresentou consistentemente intensidades de emissão (i.e., emissão gerada por unidade de valor da produção) maiores que a da média da economia para uma série de parâmetros associados à poluição do ar e da água. Isso indica que o Brasil inseriu-se na divisão internacional do trabalho como especializado em atividades “sujas”, ratificando o famigerado lema do “venham nos poluir”.

(Esse e outros assunto correlatos serão abordados no Curso de Economia Ambiental oferecido pelo Núcleo Interdisciplinar de Estudos Ambientais e Desenvolvimento (NIEAD) do CCMN da UFRJ (www.niead.ufrj.br).

ISO 14.000

  1. Aspecto Geral da ISO 14.000

    A ISO - International Standardization for Organization é uma organização não-governamental sediada em Genebra, fundada em 23 de fevereiro de 1947 com o objetivo de ser o fórum internacional de normalização, para o que atua como entidade harmonizadora das diversas agências nacionais.

     
  2. ISO 14.001

    Todos os elementos especificados na Norma destinam-se a ser incorporados num Sistema de Gestão Ambiental. O nível de aplicação dependerá de fatores como: a política ambiental da organização, a natureza de suas atividades e as condições em que opera.

    Conteúdo » Gestão » ISO 14000
  3. ISO 14.010

    A Norma Internacional 14.010 oferece os princípios gerais de auditoria ambiental que são aplicáveis a todos os tipos de auditorias ambientais.

     
  4. ISO 14.011-1

    A ISO 14.011 oferece procedimentos para a condução de auditorias de SGA. É aplicável a todos os tipos e tamanhos de organizações que operam um SGA.

     
  5. ISO 14.012

    A 14.012 indica os requerimentos de qualificação para auditores e líderes

Ambiente gesão

 


A Educação Ambiental e a Gestão dos Recursos Humanos na Gestão Ambiental

Embora seja lugar comum dizer que a abordagem ambiental deva ser holística e que devemos pensar globalmente e agir localmente, o que percebemos muitas vezes é uma práxis que reforça o ambientalmente incorreto dito popular que diz que em casa de ferreiro o espeto é de pau.



O tema meio ambiente entrou definitivamente na pauta de discussão da nossa sociedade. É verdade que os meios de comunicação, a produção literária - científica e pedagógica, as iniciativas públicas e privadas, as ONG's e as pessoas de uma forma em geral, pressionados pela anunciada catástrofe ambiental a que estamos submetendo o planeta através de práticas danosas cometidas por todos nós, indivíduos e coletividade, ou seja, você e eu, também colaboram para que o assunto tenha tamanha repercussão. Seja através de discussões técnicas e científicas ou de posturas ideológicas e apaixonadas pela causa, o fato é que a temática ambiental vai, pouco a pouco, sendo inserida e incorporada pela nossa sociedade como um divisor de água na busca de uma melhor qualidade de vida.
Pesquisas realizadas com diferentes públicos - professores universitários e de ensino fundamental, alunos universitários e empregados de grandes empresas brasileiras revelam que a maioria dos entrevistados considera meio ambiente importante. A maioria também se interessa pelo tema e considera que a qualidade ambiental é fundamental para a sobrevivência – nossa e do planeta, concluindo ser possível conciliar meio ambiente com desenvolvimento.
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Embora seja lugar comum dizer que a abordagem ambiental deva ser holística e que devemos pensar globalmente e agir localmente, o que percebemos muitas vezes é uma práxis que reforça o ambientalmente incorreto dito popular que diz que em casa de ferreiro o espeto é de pau. Apesar dos avanços, a gestão ambiental continua, ainda hoje, centrada, na maioria das vezes, na aquisição de equipamentos de controle ambiental, não levando em consideração aspectos importantes relacionados à cultura das pessoas.
De fato a degradação ambiental põe em risco a saúde do planeta e de seus habitantes. As medidas mitigadoras colocadas em práticas não resolvem de todo a questão, apenas – como o próprio nome anuncia, atenuam um quadro ascendente de problemas socioambientais.
As práticas de controle ambiental são recentes e ainda não foram totalmente incorporadas pelas empresas, seja pelo seu alto custo ou pela falta de conscientização. Existe toda uma cultura que precisa ser estimulada para uma nova concepção na relação do homem com o meio ambiente. Percebe-se que pouco adiantarão tecnologias de controle ambiental de última geração se as pessoas não refletirem sobre o seu comportamento no que se refere ao consumo e ao uso insustentável dos recursos naturais.
Este cenário coloca à mesa uma discussão que passa pela revisão de conceitos e será necessário que cada indivíduo compreenda a importância de estar comprometido com a qualidade ambiental da sua cidade, do seu bairro, da sua casa e do seu posto de trabalho. Parafraseando o imperador romano, não basta apenas estarmos comprometidos, temos que demonstrar este comprometimento colocando em prática os princípios básicos de sustentabilidade.
No entanto, existe uma cultura arraigada em pressupostos que acredita de fato que em casa de ferreiro o espeto é de pau, quando na verdade deveria ser estimulada a refletir e perceber que em casa de ferreiro na maioria das vezes o que temos é sucata de sobra e que cada um de nós é na verdade um ferreiro a produzir diariamente uma quantidade enorme de sucatas.
As pessoas de um modo em geral não percebem que a degradação ambiental é resultado do modelo que escolhemos para sobreviver, não reconhecendo nas suas relações com o meio os impactos produzidos por este modelo. De fato é pouco usual a conjugação do verbo poluir na 1a pessoa. Quando o sujeito não é indefinido (alguém polui), se encontra na 3a pessoa do plural: eles poluem.
Ações de controle ambiental são fundamentais na busca de uma melhor qualidade de vida, pensar globalmente e agir localmente também. No entanto, atuamos muitas vezes desconsiderando fatores fundamentais relacionados à cultura das pessoas e das instituições que as abrigam.
Nem sempre estabelecemos afinidades com o público alvo de nossas ações ambientais. Informamos ao invés de nos comunicar. De uma hora para outra meio ambiente passa a ser uma coisa importante e todos devem zelar por ele. No entanto, pode ocorrer das pessoas sequer saberem o que é meio ambiente e neste caso, incorremos no velho modus operandi de controle ambiental no final da linha, quando na verdade deveríamos estar atuando na causa e não somente na conseqüência. A formação de uma consciência crítica em relação a este processo é fundamental para a busca de soluções que não sejam somente mitigadoras, passando a ter um caráter mais preventivo e educativo.
No entanto, para que uma gestão ambiental seja bem sucedida é necessário que ocorram mudanças nas atitudes, nos padrões de comportamento e na própria cultura das instituições.
Para alcançar o compromisso das pessoas com a melhoria da qualidade ambiental é preciso, em primeiro lugar, que elas se percebam como parte integrante deste processo, tendo acesso a conhecimentos básicos sobre meio ambiente que as auxiliem na identificação das principais fontes geradoras de impactos ambientais.
Ao motivar e capacitar as pessoas para a adoção de ações preventivas a Educação Ambiental tem-se revelado um importante instrumento da Gestão Ambiental, permitindo que as pessoas conheçam, compreendam e participem das atividades de gestão ambiental, assumindo postura pró-ativa em relação à problemática ambiental.
Dentro da perspectiva de otimizar seus investimentos e de se manter dentro dos padrões ambientais exigidos pela sociedade e pelo mercado, algumas empresas estão implantando programas de Educação Ambiental como instrumentos do seu Sistema de Gestão Ambiental.
Para que as empresas obtenham o compromisso dos empregados com a gestão ambiental é necessário que ela disponibilize, além de recursos e equipamentos de controle ambiental, conhecimentos básicos sobre meio ambiente e gestão ambiental, auxiliando-os na identificação e controle das principais fontes geradoras de impactos ambientais da sua atividade.
Neste sentido, para que a educação ambiental se transforme em um instrumento eficiente da gestão ambiental é necessário que as atividades propostas estejam sintonizadas com a cultura da empresa e potencializem os aspectos positivos desta cultura.
Concebidos desta forma, esses programas permitem às empresas alcançar bons resultados, pois incentivam os empregados a agir de forma preventiva, identificando, controlando e minimizando os impactos ambientais da sua atividade.

José Lindomar Alves Lima é Prof. do Curso de Educação Ambiental para Gestores do Meio Ambiente do NIEAD/UFRJ
 http://ambientes.ambientebrasil.com.br/gestao/artigos/a_educacao_ambiental_e_a_gestao_dos_recursos_humanos_na_gestao_ambiental.html

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quarta-feira, 27 de março de 2013

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